Existem séries que são intemporais e que, por mais que não nos identifiquemos com as mesmas, fazem com que tenhamos curiosidade em vê-las para saber porque se tornaram tão populares na altura em que foram lançadas. Entre a enorme lista de séries que encaixam nesta descrição podemos encontrar Gossip Girl, uma série que admito estar há algum tempo para ver e para descobrir o motivo de tanto alarido em torno de um drama juvenil e chegou finalmente o momento de o fazer.
Esta série começa com o retorno de Serena, uma das seis personagens principais, a Nova Iorque depois de um súbito e repentino desaparecimento. Este regresso rapidamente se torna o maior motivo de falatório no site de coscuvilhice do Upper East Side, escrito pela Gossip Girl, uma personagem com identidade incógnita. Lido por todos os membros do lado rico da cidade - e não só -, o site questiona as razões que levaram Serena a ausentar-se durante quase um ano. Este regresso é também questionado por Blair, a sua melhor amiga, que não sabia do paradeiro de Serena e que também exige justificações sobre o porquê do seu desaparecimento.
Não sei por onde começar com esta série, porque não consigo encontrar realmente nada de muito bom para dizer. Se na primeira temporada ainda conseguia manter-me presa por todo o drama circundante naturalmente às personagens, nas seguintes temporadas esse drama tornou-se excessivo e, francamente, demasiado repetitivo. Para mim esta série tem um grande defeito - não existe nenhuma personagem com a qual me consiga identificar. Seja pela atitude de nada os afectar ou pelo facto de acharem que por serem riquinhos são melhores que todos os outros, não consigo relacionar-me com as mesmas da forma que quereria e desejaria.
As personagens são bastante irritantes e inconstantes. Não sabem o que querem tanto a nível amoroso como a nível pessoal e interpessoal. Seja pela inconstância de Serena, que num dia namora com um e no dia a seguir namora com o vizinho do lado, pela vontade de Jenny de pertencer ao lado rico da cidade a todo o custo ou pela forma como Chuck reage quando colocado perante um problema, começamos a questionar a forma como as personagens foram construídas e encontramos incongruências claras no guião. Além disso, todos os problemas que estas têm são um tanto ou quanto irreais, o que torna a série um pouco aborrecida de ver porque seria pouco provável que algo do género acontecesse na realidade. Afinal de contas, a probabilidade de eu apanhar o meu professor envolvido num escândalo sexual ou conseguir chantagear pessoas influentes no mundo dos negócios é mínima, seja pela minha tenra idade ou por não ser assim tão simples desvendar um segredo dessa dimensão. Tendo em conta que esta é suposto ser uma série realista, perdemos um pouco o interesse na mesma pelas intrigas principais serem, tal como as personagens, mal construídas.
Como se a narrativa e as personagens já não bastassem, também a escolha de elenco não foi a melhor. Os atores que interpretam as personagens principais desta série são medíocres e sem grande interesse a nível de performance em cena. Destaca-se a Leighton Meester, atriz que interpreta Blair, que dá à sua personagem a intensidade necessária para criar uma imagem de menina mimada, capaz de fazer tudo por amor e com um certo mistério por trás da sua capa de imbatível. Torna-se refrescante quando comparada com as restantes atuações dignas dos Morangos com Açúcar. No entanto, e depois de tecer tão maus comentários, tenho que elogiar a banda sonora da série, que vai mostrando umas belas opções musicais - Bon Iver, Feist ou Coldplay são algumas das bandas que podemos ouvir ao longo da trama -, e os figurinos das personagens que são de morrer por. Não posso deixar de fazer o reparo de que esta é uma série juvenil e, como tal, pode ser por isso que já não desperte em mim a emoção que outrora poderia despertar. Na minha opinião, e se gostam de séries juvenis, existem opções muito melhores - sugiro Skins, Skam, sobre a qual podem ler AQUI, My Mad Fat Diary ou até Girls - sendo esta um pouco mais pesada -, sobre a qual podem ler AQUI.
"You know you love me. Xoxo Gossip Girl"
Gostam de séries mais juvenis? Conhecem ou viam Gossip Girl?
Nunca vi :)
ResponderEliminarNunca vi e já ponderei fazê-lo, por ter sido um grande sururu, mas desisti. Não me parece assim tão interessante!
ResponderEliminarBy the way, tenho sempre alguma dificuldade em ler o teu blog! As letras são pequeninas, mas acho que isso até passaria despercebido se não comesse parcialmente a letra E. Custa imenso ler os teus textos :|
Gossip Girl foi das primeiras séries que vi, há uns bons anos quando ainda não era uma viciada como sou agora ahahah
ResponderEliminarConcordo com tudo o que dizes aqui, não há razões para gostar quase. Mas eu vi e gostei só porque sim, não me identificava com ninguém não... mas acabava por ser uma série leve e que via bem! Contudo, fiquei-me pela terceira temporada aff
Já assisti e gostava do estilo da Serena e Jenny!!
ResponderEliminarhttps://meuestiloe.blogspot.com/
Até gosto de séries juvenis, era viciada em The OC!! Mas GG vi alguns episódios quando dava na tv há uns anos e não me prendeu muito
ResponderEliminarQue clássico! Eu adoro. Chuck & Blair, sempre <3
ResponderEliminarBeijinhos, Catarina | Blog // Instagram // Facebook // Bloglovin’ // Youtube
Compreendo porque dizes isso dos atores e, em certa parte até concordo, mas eu comecei a ver esta série basicamente quando ela estreou. E, como os morangos com açúcar, foi a tentação do momento! Claro que a performance dos atores não é a melhor, mas nos morangos também não era e isso não nos impedia de os ver. Acho que há momentos certos para as séries.
ResponderEliminarProvavelmente se tivesse de vê-la pela primeira vez agora não iria gostar xD
R. É tão bom saber isso! Não podia concordar mais, não consigo explicar, mas que é mágica é! Nem consigo imaginar a beleza que deve ser ver o nascer e o pôr-do-sol lá :)
ResponderEliminarJá vi e gostei mas não vi todas as temporadas.
ResponderEliminarSegui o teu blog, beijinhos :)
http://dailyvlife.com