A minha bucket list para Erasmus está em constante crescimento à medida que surgem novas oportunidades, novas ideias e que o espírito aventureiro dentro de mim cresce sem fronteiras. Mas existe algo que esteve desde o primeiro momento na minha lista e que sabia que tinha que acontecer, desse por onde desse, e isso finalmente aconteceu. O título da publicação é bastante explícito - fui, pela primeira vez, assistir a uma ópera.
Se já tiveram curiosidade em ler a página sobre mim, sabem que eu sou uma eterna apaixonada pelas artes performativas, sendo elas de qualquer forma. Sendo a ópera uma arte tão caracteristicamente italiana, fazia todo sentido assistir à mesma na cidade que me acolherá durante 6 meses da minha vida. O problema que se avizinhava eram os bilhetes uma vez que, por ser um tipo de espetáculo com uma procura muito elevada, os preços disparam até quantias astronómicas. Como sabia disto, procurei por um teatro mais simples e por uma ópera menos conhecida e estava pronta para dar 50 euros pelos bilhetes quando recebo a mais agradável surpresa - a Erasmus Students Network convidava todos os alunos a juntarem-se a eles para assistir a La Finta Giardiniera no emblemático Teatro alla Scala por apenas 12 euros.
O Teatro alla Scala é o teatro de ópera principal de Milão e também o mais emblemático, constituindo uma das principais atrações turísticas da cidade. O seu interior é de cortar a respiração, com uma sala de espetáculos enorme e de uma beleza incomparável, uma acústica incrível e trabalhada de uma forma sublime. Não consigo descrever o que senti quando entrei no último andar com lugares para a ópera e olhei para toda a sala no seu esplendor. As luzes todas acesas, as pessoas a encaminharem-se para os seus lugares com o seu ar emproado, vestidas a rigor para um espetáculo que criara muitas expectativas no coração de todos.
A ópera que estava prestes a assistir foi composta por o conhecido compositor Wolfgang Amadeus Mozart e narra a história de um casal apaixonado que, no início, é separado por uma acção impulsiva de um deles mas que, pelas circunstâncias da vida, vê o seu destino a cruzar-se novamente. Conseguimos, assim, acompanhar o desenvolvimento da romântica história destas personagens, em paralelo com as personagens secundárias de toda a trama. No entanto, e tal como é característico de uma história lírica, todo o enredo é cantado de forma exagerada, dramatizada e com um impacto fortemente acentuado, acompanhado por uma orquestra ao vivo que dá vida às partituras clássicas, também elas dramáticas e que guiam a intenção da ação da personagem.
A experiência é de outro mundo. Apesar dos contratempos que apanhei nesta ida à ópera - a soprano principal estava doente e, portanto, foi substituída por outra voz, compreendendo-se perfeitamente que a atriz em palco estava a fazer playback durante a sua atuação -, e dos lugares em que fiquei não serem os melhores - ficando nos lugares mais acima e mais atrás, pelo preço reduzido, acabei por passar grande parte do espetáculo de pé para conseguir ver todas as dinâmicas que desenrolavam em palco -, foi incrível ouvir o primeiro soar dos instrumentos musicais, a primeira canção, o primeiro tenor a cantar em plenos pulmões para uma plateia que, no fim de cada ação, aplaudia fervorosamente e sentir os arrepios que me corriam pela espinha de cada vez que uma nota mais aguda era alcançada sem o menor esforço.
A duração da mesma foram 4 horas, tendo um intervalo a meio de 30 minutos, tornando-se menos cansativo. Os figurinos estavam conseguidos na perfeição e os cenários eram do mais realista que já vi - até as janelas abriam nas paredes. De realçar que, no final da ópera, o cenário acaba completamente destruído, o que exige uma constante manutenção do mesmo, tornando-o ainda mais especial. A movimentação em palco e a expressividade teatral dos atores que deram vida às 7 personagens em palco também deve ser elogiada, destacando Serpetta, a criada espevitada, que mostrava uma energia acima da média em palco - talvez pela personagem pouco convencional. E, apesar de não entender a maior parte da história em si ao longo da ópera, é impossível não nos deixarmos emocionar pela beleza que é esta arte e pela oportunidade que temos em poder presenciá-la. Se alguma vez tiverem essa oportunidade, vão à ópera. Não se irão, com certeza, arrepender.
A experiência é de outro mundo. Apesar dos contratempos que apanhei nesta ida à ópera - a soprano principal estava doente e, portanto, foi substituída por outra voz, compreendendo-se perfeitamente que a atriz em palco estava a fazer playback durante a sua atuação -, e dos lugares em que fiquei não serem os melhores - ficando nos lugares mais acima e mais atrás, pelo preço reduzido, acabei por passar grande parte do espetáculo de pé para conseguir ver todas as dinâmicas que desenrolavam em palco -, foi incrível ouvir o primeiro soar dos instrumentos musicais, a primeira canção, o primeiro tenor a cantar em plenos pulmões para uma plateia que, no fim de cada ação, aplaudia fervorosamente e sentir os arrepios que me corriam pela espinha de cada vez que uma nota mais aguda era alcançada sem o menor esforço.
A duração da mesma foram 4 horas, tendo um intervalo a meio de 30 minutos, tornando-se menos cansativo. Os figurinos estavam conseguidos na perfeição e os cenários eram do mais realista que já vi - até as janelas abriam nas paredes. De realçar que, no final da ópera, o cenário acaba completamente destruído, o que exige uma constante manutenção do mesmo, tornando-o ainda mais especial. A movimentação em palco e a expressividade teatral dos atores que deram vida às 7 personagens em palco também deve ser elogiada, destacando Serpetta, a criada espevitada, que mostrava uma energia acima da média em palco - talvez pela personagem pouco convencional. E, apesar de não entender a maior parte da história em si ao longo da ópera, é impossível não nos deixarmos emocionar pela beleza que é esta arte e pela oportunidade que temos em poder presenciá-la. Se alguma vez tiverem essa oportunidade, vão à ópera. Não se irão, com certeza, arrepender.
Já alguma vez assistiram a uma ópera? Têm curiosidade?
Hummm um dia gostaria de ver... mas... ainda não sei!!!
ResponderEliminarTambém está na minha bucket list - também pelo meu amor às artes performativas como um todo :) deve ser de arrepiar mesmo. Todo o dramatismo de que falas deve envolver-nos!
ResponderEliminarJiji
Esse teatro é maravilhoso, nunca fui à opera , apesar de já ter assistido pequenas performances em outro tipo de espectáculos, e é de facto emocionante.
ResponderEliminarBeijinhos,
Anita On
um belo teatro :)
ResponderEliminarhttps://checkinonline.blogspot.com/
Nunca assisti e adoraaaaaava! Ainda por cima sendo em Milão, deve ter sido mesmo incrível :)
ResponderEliminarBeijinhos, Catarina | Blog // Instagram // Facebook // Bloglovin’
Nunca fui, mas parece uma experiêencia incrível! ♥
ResponderEliminarfrompeonies.blogspot.com
Queria muito ter assistido a uma ópera quando estive em Erasmus em Budapeste e não o fiz, deve ser incrível.:D
ResponderEliminarAnother Lovely Blog!, https://letrad.blogspot.com/
estive para ir em Budapeste mas acabámos por não ir :(
ResponderEliminarna próxima não falha!
Nunca assisti, mas gostava! :D
ResponderEliminarbeijinhos
www.amarcadamarta.pt
Great post dear!You have a good blog :)
ResponderEliminarI follow you can you follow me back?
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xoxo