Music

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

4 Artistas femininas que tens que conhecer

Conheço semanalmente dezenas de artistas diferentes, seja por curiosidade despertada por publicações de amigos, por pesquisas próprias nos cantos obscuros do Spotify ou porque o Youtube gosta de me mostrar coisas novas com a famosa reprodução automática. No entanto, e como a seleção natural atua em qualquer um dos ramos da nossa vida, no meio de todos estes artistas que passam pelos meus ouvidos - e ouvidos dos meus vizinhos, visto que não costumo utilizar fones para ouvir nada dentro de casa -, apenas alguns me cativam e se mantêm na minha memória para revisitar mais tarde.

De entre as inúmeras artistas que conheci recentemente, destaco as quatro artistas femininas que hoje vos apresento - a Lucy Rose, a Jorja Smith, a Billie Eilish e a Mahalia. Seja pelas suas vozes, diferentes entre si mas todas angelicais, ou pelo carisma que apresentam enquanto actuam - desde a mais envergonhada mas querida até à mais descontraída -, estas artistas conquistaram-me praticamente desde o momento em que as ouvi pela primeira vez e ganharam um lugar no meu coração - e, depois disto, espero que no vosso.

LUCY ROSE

A primeira artista de que vos falo é também aquela que conheço à mais tempo e que mais admiro. O timbre doce da Lucy Rose conquista-me a cada canção que ouço dela e o facto de qualquer uma das canções dela soarem tão bem - ou melhor - com uma guitarra nos seus braços fazem com que seja o meu tipo de artista automaticamente. Uma voz muito calma mas muito rica, com um alcance vocal que não é muito impressionante mas que nos aquece o coração. A sua música soa como se ela nos tivesse a sussurrar ao ouvido aquilo que quer e nós, ouvintes, agradecemos e sorrimos perante a doçura de uma voz de princesa.


JORJA SMITH

Desde o primeiro momento em que ouvi a voz da Jorja Smith que ela não sai das minhas playlists diárias. Não é segredo nenhum que eu gosto de uma boa voz, que seja forte mas que não tenha demasiado exageros vocais. Afinal de contas, menos é mais, seja no nosso estilo ou nas músicas que ouvimos no nosso dia-a-dia. E, portanto, não foi difícil de me apaixonar pelo soul na sua voz, pelo timbre muito próprio dela, ligeiramente nasalado, pelas batidas ritmadas e características de um cruzamento entre a música pop e um R&B pouco comercial e pela forma serena como se apresenta em palco em qualquer uma das suas atuações.


BILLIE EILISH

A terceira da lista foi um belo acaso do shuffle do youtube. A Billie Eilish apareceu-me em reprodução automática após a estrondosa Jorja Smith. Mas, mesmo vindo depois de uma voz poderosa como a da Jorja, conquistou-me de imediato pelos seus vocais diferentes, muito respirados e pelo alcance vocal incrível que tem, ainda que bastante encoberto nas suas canções que tocam o indie. Não sendo de grandes gritos, conquista-nos essencialmente pela diferença no timbre suspirado e, mais uma vez, pela sua atitude relaxada em qualquer uma das suas atuações. Com apenas um álbum lançado - o don't smile at me -, é a artista que temos que manter debaixo de olho porque está em ascensão ao topo.


MAHALIA

A última da lista foi um daqueles casos em que primeiro se estranha, depois se entranha. A primeira vez que ouvi a música que partilho com vocês não consegui gostar do timbre da Mahalia por ser tão rico e diferente daquilo que, hoje em dia, se ouve e é considerado bonito. No entanto, sabia que ali havia algo que me cativava porque, involuntariamente, continuava a carregar no replay. Com um timbre mais grave que qualquer uma das cantoras mencionadas, ela impressiona pelo estilo musical que representa - uma mistura de R&B com rap cantado. Com batidas carregadas mas descontraídas, é uma lufada de ar fresco no cruzamento entre estilos e na voz nada forçada.


Já conheciam alguma destas artistas? Qual delas foi a vossa favorita?

4 Artistas femininas que tens que conhecer

terça-feira, 24 de julho de 2018

O segundo dia de Meo Marés Vivas

Quando vos disse, AQUI, que não era suposto ir a nenhum festival de Verão este ano, acreditava sinceramente que isto iria acontecer. Mas, entretanto, surgiu a ideia de acompanhar a minha irmã a ver a sua banda favorita e, apesar de relutante e de não ter grande vontade de retornar a um festival que em nada me impressionou da primeira vez que o visitei, lá fiz o esforço e rumei, no dia 21 deste mês, a Gaia, para marcar presença no conhecido Meo Marés Vivas.

A minha experiência com o festival nada teve a ver com a anteriormente vivida no festival - e dou graças por isso. Apesar de considerar que o novo recinto é um pouco pequeno para o público que existia - existia interferências entre o som dos diversos palcos por estarem demasiado próximos -, é certamente melhor que o anterior e todas as tendas estão bem organizadas e devidamente sinalizadas. As atrações bastante apelativas e acompanhei um pouco de quase todas as tendas - não visitei a tenda do Digital Stage porque não me despertou o mínimo interesse - e posso dizer que todos os artistas/comediantes foram bem escolhidos. 

VIA & TIAGO NACARATO

Abrimos a sessão de concertos no palco secundário, ao som de Via, uma rapariga que não conhecia mas da qual fiquei fã pela sua voz melódica e ritmos aos quais dá vontade de dançar. Mesmo com um público reduzido e acanhado, fez-se ouvir - e de uma maneira belíssima - e foram uma das mais agradáveis surpresas deste dia. Ao contrário daquilo que aconteceu com a Via, o público do Tiago Nacarato já estava mais recheado mas isso não fez com que este fosse muito energético. Apesar de gostar muito da sua voz e da forma como ele entoa as melodias, confesso que não me convenceu ao vivo. No entanto, gostaria de dar outra tentativa àquele que traz uma vibe de bossa nova - que eu tanto gosto - ao nosso português.

CAROLINA DESLANDES & THE BLACK MAMBA

Os concertos no palco principal abriram, para mim e para a minha irmã, perto das oito da noite quando a Carolina Deslandes subia ao palco e deixava todo o público em furor. Com a melhor presença em palco que vi nesse dia e uma humildade ímpar, fez com que deixasse de ser séptica em relação à sua música para ouvir em replay aquilo que ela canta. Uma voz sem igual, de uma doçura e uma gratidão pelo público que poucos artistas demonstram e muito bonita de se ver! De seguida, e num registo completamente diferente, chegaram os The Black Mamba, uma banda que admiro muito e que já tinha visto ao vivo anteriormente, no NOS Alive. Com uma energia brutal, uma quantidade jeitosa de músicos em palco, a voz incrível do Tatanka e a sua maneira de ser, é a receita para um concerto de qualidade. Uma banda que não é apreciada o suficiente no nosso país e que merecia mais reconhecimento do que aquele que tem.

Houve algo que estes dois grandes nomes da música portuguesa contemporânea disseram e que fez imenso sentido para mim - é de louvar o povo mais novo respeitar e gostar da música portuguesa e mostrar o seu amor por ela, sem qualquer pudor. Apoiem a música portuguesa e mostrem o orgulho que têm na vossa língua e naquilo que é criado no vosso belo país.

KODALINE & DAVID GUETTA


Chega, por fim, a banda que ansiávamos chegar a noite inteira - os Kodaline. Já sou fã desta banda há algum tempo porque as suas músicas vão de encontro com aquilo que aprecio numa banda - ritmos calmos e harmoniosos e um poder vocal bom. No entanto, tinha algum receio que as minhas expectativas não fossem atingidas e que ficasse desiludida com o concerto. Suspiro de alívio ao escrever-vos que as expectativas foram atingidas e superadas. Uma banda energética, bonita em palco, com uma emoção e carinho pelo público português notória e com um reportório maravilhoso. Sendo suspeita, posso dizer-vos que estas músicas deixam-me sempre a suspirar e as suas versões ao vivo, com o público a delirar, a minha irmã a chorar de emoção e a entoar em plenos pulmões as suas baladas favoritas, são ainda mais deliciosas.

Para fechar este dia de festival em grande, e nada de encontro com aquilo que vímos ao longo do dia - procura-se congruência no alinhamento -, chegou o David Guetta, uma pessoa que dispensa apresentações. Lembro-me de ter os meus 13 anos e dançar pela casa ao som das músicas que ele produzia em conjunto com grandes artistas do momento e, apesar de nunca ter sido um artista que eu admirasse, não posso negar que conhecia de fio a pavio a maior parte das suas letras. Portanto, quando chegou a altura de cantar ao som da Memories ou da Titanium, gritei com todos os pulmões as letras que acompanharam a minha adolescência e aclamei o DJ pelo qual não dava nada mas que acabou por me fazer saltar e dançar até não ter mais energia - e até chegar a hora de ir embora, a meio do seu concerto. Se pensei que nunca iria ver gostar de ver este estilo musical ao vivo, enganei-me.

Gostam de algum destes artistas? Já foram ao Meo Marés Vivas?

O segundo dia de Meo Marés Vivas

quinta-feira, 24 de maio de 2018

O que levar para um Festival de Verão

A época dos festivais está quase a chegar e a vontade de tirar o pé do chão a dançar ao som das nossas bandas favoritas vem com ela. Confesso que este ano não tenho planeado ir a nenhum festival de Verão - porque ando a poupar dinheiro para outras conversas. No entanto, aplaudo os excelentes cartazes que se compõem para as proximidades e para os vários gostos musicais, tanto num registo mais pop com o Rock In Rio como um registo mais alternativo como o grande Vodafone Paredes de Coura ou o Super Bock Super Rock

Já fui a 3 edições do agora NOS Alive - das quais vos falei nas publicações de 2013 AQUI, 2014 AQUI e 2015 AQUI - e também ao MEO Marés Vivas e, apesar de não achar que isto faça de mim uma experiente na matéria, acho que já tenho algum conhecimento para partilhar com aqueles que nunca foram a um Festival de Verão sobre alguns dos essenciais na vossa mochila.


COMIDA
Esta dica está em primeiro lugar propositadamente porque acho que, de todas, é a mais importante. A não ser que tenham algum dinheiro extra que queiram gastar em comida excessivamente cara para a qualidade - que não me parece ser uma opção para ninguém -, levem algumas sandes para comerem ao longo do dia. Sempre que fui a este tipo de Festival levei as minhas sandes e, quando toda a gente estava a sair do seu sítio e a perder os concertos por estar em filas intermináveis, eu estava a aproveitar os concertos. Mas atenção, informem-se sobre a possibilidade de levarem comida, uma vez que, por exemplo, no MEO Marés Vivas vi toneladas de comida a ser posta em caixotes do lixo porque a organização tinha dado informações incorretas sobre aquilo que se podia levar ou não para o recinto do festival. Ainda hoje condeno a organização pela atitude incorreta ao desperdiçar uma quantidade tão grande de comida sem olhar duas vezes.

CASACO OU CAMISOLA
Durante o dia, tudo bem. Está sol, está calor. Durante os concertos também não temos frio nenhum porque uma mistura de êxtase, histeria e felicidade percorre as nossas artérias e veias e dançamos, saltamos e cantamos como se não houvesse amanhã. Além disso, estando no meio de milhares de pessoas estamos bem quentes. Mas, quando tudo acaba e estamos à espera da nossa vez no autocarro ou até mesmo a caminhar em direção ao nosso carro é quando o frio aperta. Afinal de contas, as noites de Verão nem sempre são agradáveis e há sempre um vento gélido tipicamente português pronto a atacar quando menos esperamos. Estar prevenidos e ter um casaco que não seja muito pesado na nossa mochila é uma mais valia.

GARRAFA DE ÁGUA
Esta dica tem um truque. Como muitos de vocês sabem, não se podem entrar com garrafas dentro deste tipo de recinto porque são potenciais armas de arremesso contra o palco e, portanto, consideradas perigosas. No entanto, e como não tenho más intenções mas não quero pagar 2 euros por uma água de 33cl, escondo sempre a tampa numa zona em que os seguranças não se apercebam que possa estar - no aro do soutien, na zona do cinto ou na sapatilha, por exemplo - e, assim que entro no recinto e me encontro numa zona protegida tampo a minha garrafa e ponho na minha mochila. Mais uma vez, poupo tempo nas filas sem fim e pouco também dinheiro. Um dois em um poderoso!

PROTETOR SOLAR
A única dica desta lista que não segui - porque sou demasiado despreocupada quando toca aos meus cuidados pessoais e de pele - mas que acho imprescindível nos festivais em que as temperaturas atingem valores muito elevados. Passar antes de ir para o recinto, em casa, é de uma importância extrema porque teremos diversas horas de exposição solar à nossa espera e, como as sombras são escassas, não existe grande forma de evitar a mesma exposição. Não sei qual a política da maior parte dos festivais em relação aos protetores solares - uma vez que podem também ser considerados perigosos por possibilidade de se atirar pelo ar e ferir alguém -, mas, caso seja possível levarem, levem aquelas versões de viagem que são pequenas, não pesam nada e assim garantem que não ganham um escaldão. Acreditem, a maioria das pessoas que se vêem neste tipo de festival tem as costas vermelhas como lagostas e, por mais divertida que seja a noite, o dia seguinte não o será, certamente.

CHAPÉU
Não têm que necessariamente levar uma vez que a maioria dos festivais tem como brinde principal um chapéu publicitário - e, normalmente, bem giros! -, mas caso não gostes de arriscar é algo que te aconselho a levares. Mais uma vez, a exposição solar é grande e não queremos que te sintas mal pelo calor e desmaies, perdendo o festival inteiro. Arranja um chapéu daqueles giros e usa e abusa dele. Quando te fartares dele ou já tiver de noite, sempre podes pô-lo para dentro da tua mochila e não te preocupares mais com ele.

PACOTE DE LENÇOS
Enganaram-me na minha primeira edição do NOS Alive a que fui, em 2013 e era ingénua. Quando chegou a altura de ir a uma das casas de banho portáteis disposta pelo recinto, arrependi o dia em que não levei lenços e jurei nunca mais me esquecer. Lembro-me como se fosse hoje de me virar para trás na fila e pedir, por favor, para me emprestarem um lenço - e, curiosamente, quem acabou por me dar um foi uma blogger que na altura seguia e de quem gostava bastante. Seja para a casa de banho ou para qualquer eventualidade que pode surgir - existe cerveja a voar pelo ar, pó no ar, pessoas pouco cívicas e até para limpar o suor depois de um concerto intenso -, são mais do que imprescindíveis na vossa mochila de festival.

SAPATOS E ROUPA CONFORTÁVEIS
Malta, esta dica é aquela que quero sublinhar com mais ênfase. Os conjuntos do Coachella são muito bonitos e bastante inspiradores para a restante temporada, não digo que não. Mas para conseguirmos aproveitar um festival com tudo aquilo a que temos direito - muita dança, muita cantoria e muita animação -, é impossível estarmos com roupa que não seja confortável. Roupa e sapatos confortáveis são um essencial, uma necessidade neste tipo de festival e, portanto, escolham o conforto em vez da beleza. Não digo que não seja possível conjugar os dois - aliás, é bem possível e surgem conjuntos bastante inspiradores a partir da descontração natural de muitas pessoas que passam pelos festivais -, mas pensem primeiro no vosso bem-estar e depois no quão bonitas ficarão nas fotografias do Instagram na roupa que estão a utilizar. 

BOA DISPOSIÇÃO
Por fim, mas certamente não menos importante. Têm que levar boa disposição! Sem ela não se faz nada nem se vivem bons momentos junto dos nossos amigos/familiares - ou até mesmo sozinhos, para os solitários nos concertos. Vontade de se divertirem, sem qualquer inibição nem vergonha de sacudir o esqueleto ao máximo e entoarem aos berros as vossas canções favoritas - sendo elas guilty pleasures ou não. Façam de tudo para que aquele dia seja o melhor dia das vossas vidas, ou pelo menos um dos melhores. Só assim vão sentir que valeu a pena e que o dinheiro que gastaram naquele bilhete valeu cada cêntimo. Nunca me arrependi de nenhum concerto a que fui porque, para além de admirar todos os artistas que já vi ao vivo, vivi intensamente aquele momento como se fosse a última oportunidade de o viver.

Algumas sugestões de mochilas/malas que poderão levar para os vossos festivais favoritos.

Quais são os vossos essenciais para levar para os festivais? Já foram a algum? Qual?

O que levar para um Festival de Verão

sábado, 20 de janeiro de 2018

MUSIC ♪ AFTER LAUGHTER

A banda mais tocada no meu Spotify durante o ano de 2017 foram os Paramore, uma banda conhecida por introduzir a geração dos anos 90 a um estilo mais rock e alternativo. Não sei se se identificam com aquilo que disse mas, para mim, esta banda foi uma das que marcou a minha transição entre a música pop, com os batidos Chris Brown, Beyoncé e o pouco provável kizomba - sim, estes eram os estilos musicais que podiam encontrar no meu MP3 quando tinha 10 anos - para um estilo de música mais alternativo e que se assemelha muito com aquilo que eu ouço hoje em dia.

A sua mexida Misery Bussiness ou as suas baladas The Only Exception e Decode - conhecida pela série de filmes Twilight, que nunca gostei - são canções que toda a gente reconhece imediatamente e consegue cantarolar e que tornaram os Paramore a banda global que, hoje em dia, é reconhecida em todos os cantos do mundo como uma banda de rock alternativo.


Quando lançaram o primeiro single do seu novo álbum, Hard Times, estranhei bastante. Estranhei a nova sonoridade desta faixa, uma mistura do clássico rock que eles sempre nos apresentaram nos seus álbums com um techno-pop que era, simultaneamente, uma lufada de ar fresco e um throwback aos anos 70 em que este estilo de música era mais incidente. Mas, tal como Pessoa sempre disse sabiamente, primeiro estranha-se e depois entranha-se

Portanto, e quando saiu o álbum inteiro, soube que tinha que o ouvir de imediato. E acho que o facto de terem sido os meus artistas mais ouvidos no Spotify explicita muito bem a minha reação às 12 faixas que compõem este quinto álbum dos Paramore. After Laughter, o novo álbum, pode ser descrito como boa onda na sonoridade, forte nas letras. Contrariamente daquilo que esta banda nos tem habituado, este álbum é uma fusão de estilos distintos tal como o single nos fez prever. Um álbum que pode ser resumido a uma espécie de pop-rock dos anos 80, tal como foi classicado pelos críticos. Utilizam imenso o sintetizador e as batidas bastante marcadas, características deste género musical.

Com letras excelentes e carregadas de sentimento, como sempre nos habituaram e uma nova imagem que condiz na perfeição com o estilo novo que nos apresentam. As minhas favoritas? Fake Happy, uma canção que nos lembra um bocadinho as músicas mais antigas da banda e que tem uma letra muito poderosa, Caught in the Middle, com uma linha instrumental bastante forte e, por fim, 26, a canção mais calma e emocional do álbum. Atenção, estas escolhas não foram muito fáceis e isto não significa, de todo, que não goste das outras - porque tenho ouvido TODAS em replay.




As músicas que vos deixem acima são os singles deste álbum e os respectivos videoclips - que estão esteticamente apelativos, cativantes e com uma onda muito boa. Na minha opinião este álbum marca a mudança da banda, o crescimento musical da mesma e parece-me que este é o caminho - muito feliz, se o puder dizer - para o qual a banda caminha em próximos projectos.

Gostam de Paramore? Conhecem este álbum?

MUSIC ♪ AFTER LAUGHTER

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

MUSIC ♪ THE BALLAD OF CLEOPATRA

Sabem aquela música que vos faz apaixonarem-se por uma banda, só pela magia que ela traz? Aquela música que vos transporta para outro mundo, que com a sua melodia descreve perfeitamente aquilo que estão a sentir - apesar da letra nada vos dizer? Que casa tão bem com aquilo que vocês procuram numa música e que vos faz carregar no botão do repeat inconscientemente?

Já conhecia os The Lumineers há algum tempo - afinal de contas, quem não conhece a Ho Hey, uma das canções mais entoadas em 2012 e que trouxe a toda a gente vontade de tocar guitarra e de cantar em coro, numa noite de convívio entre amigos? -  mas nunca lhes tinha prestado a devida atenção. Aliás, quando se tornaram um pouco mais conhecidos, comecei a procurar mais um pouco da sua música e não me agradou especialmente - tirando a Flowers In Your Hair, todas as músicas me pareciam monocórdicas e a voz do vocalista, na altura, não me soava melódica.


Até ao momento em que me deparei com a nova música desta banda, a bonita Angela, por volta de Outubro do ano passado, e decidi dar uma segunda oportunidade à mesma. Ouvi uma vez e, ao contrário daquilo que esperava, fiquei apaixonada. O vídeo, a letra e a sonoridade deixaram-me perplexa e com vontade de explorar mais da banda que eu tinha descartado há uns anos atrás.

Depois de ouvir Angela e de ser encantada pela banda como um rato pelo flautista de Hamelin, vi-me envolvida pelo seu novo álbum - Cleopatra - e, desde então, tem estado em repetição na minha lista de reprodução. The Ballad of Cleopatra é a história de vida de uma taxista, que num dia por acaso cruzou caminhos com um dos membros da banda e desabafou sobre tudo aquilo que passara ao longo da sua longa vida; mal ela sabia que, mais tarde, a sua história inspiraria um álbum inteiro e que as suas memórias seriam partilhadas através da música da conhecida banda com todo o mundo.

Esta história é composta por 5 músicas, com uma sonoridade muito semelhante e um estilo muito característico do folk rock. Começando por Ophelia, com um piano impressionante e um ritmo mais marcado e cuja banda é protagonista, seguida por Cleopatra, mais ritmada e que começa a contar a história da nossa bonita personagem; em terceiro vem Sleep on the Floor, onde os vocais do vocalista são evidenciados e onde conhecemos a nossa personagem nos primórdios da sua vida adulta. Em quarto, e aquela que gerou toda o meu amor por a banda, Angela. Por fim, e a mais emotiva de todas, My Eyes, na qual nos despedimos da nossa personagem e de tudo aquilo que ela nos ensinou - podemos questionarmo-nos sobre na qual somos deixados com um final em aberto, para podermos questionarmo-nos e criar o nosso próprio fim - bonito ou menos bonito. 


Há algo de especial na forma como as músicas casam tão bem umas com as outras e seguem um fio condutor muito específico - tanto visualmente, através dos videoclips, como musicalmente. Recomendo que ouçam se gostam de folk, de música cheia de significado ou de uma bonita história de vida. De certo se vão apaixonar por esta banda tanto como eu me apaixonei.

Gostam dos The Lumineers? Já conheciam este álbum ou alguma das músicas?

MUSIC ♪ THE BALLAD OF CLEOPATRA

segunda-feira, 10 de abril de 2017

MUSIC // RPÊ

Como vocês já sabem, eu gosto muito de partilhar música convosco. Todo o tipo de música, independentemente do estilo ou da popularidade, desde que seja do meu agrado. Apesar de todas as partilhas serem especiais, a partilha de hoje é mais especial do que o normal: é poder falar da realização de um  sonho de um grande amigo de longa data e do orgulho que sinto por isso.


O Rui Pedro, conhecido no mundo da música como RPê, é um rapaz de 19 anos que escreve sobre a sua vida e que utiliza a rima como forma de expressão. Ele musica tudo aquilo que sente e torna os seus sentimentos num rap cativante, com uma batida característica que nos deixa a abanar a cabeça com o ritmo enquanto, inevitavelmente, nos deixamos envolver com aquilo que ele nos conta e nos apercebemos que, ao contrário do que muitas vezes nos custa compreender, todos temos problemas e não estamos sozinhos neste mundo.

Deixo-vos com os seus dois singles de estreia, bastante diferentes um do outro: O Tempo traz-nos um estilo mais comercial, uma espécie de balada sobre o que é perder alguém que nos significa muito enquanto que A Vida, com um ritmo muito mais alternativo do que a anterior, nos incentiva a sermos nós próprios e a seguirmos os nossos sonhos, sem nos deixarmos influenciar por aquilo que nos acontece ou que nos dizem.


Podem encontrar todo o seu trabalho nas suas redes sociais: instagram, facebook e youtube.

Apoiem a música portuguesa e aquilo que é nosso. O rap português está cada vez mais em ascensão no público portuguesa e devemos dar valor aos artistas que representam um lado diferente da cultura portuguesa, que cantam a nossa língua e colocam o nosso pequeno grande Portugal no mapa.

O que acharam das músicas do RPê? Gostam de rap ou nem por isso?

MUSIC // RPÊ

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