sábado, 28 de outubro de 2017

TRAVELLING // LX FACTORY

Esta publicação será, possivelmente, uma réplica daquela que é das publicações das mais vistas na blogosfera portuguesa, porque vos fala de um espaço que desde que surgiu tem dado que falar - o LX Factory. Confesso que fui influenciada pelas redes sociais a visitar este espaço, descrito com tanto entusiasmo pela maior parte das pessoas, e, portanto, aproveitei uma visita a Lisboa, este Verão, para o fazer. Depois de um belo passeio pelas ruas de Belém e um bom pastel de nata, pusémo-nos a caminho  - e que caminhada longa foi - daquilo que seria um espaço bastante diferente do comum português.

O LX Factory surgiu como forma de dar outra vida aos edifícios onde outrora estiveram a Companhia Industrial de Portugal e Colónias, a tipografia Anuário Comercial e a Gráfica Mirandela e trazer alguma dinâmica a um espaço que se encontrava encerrado; promete ser um espaço inovador, moderno e bastante criativo.



Se pudesse descrever o espaço numa palavra, esta seria visionário. Nunca tinha visitado, em Portugal, um espaço tão avantgarde, que me tivesse deixado a sensação de me encontrar noutro país. Cada edifício contava uma nova história e cada canto um novo detalhe para apreciarmos. Entrámos pela porta lateral, que contém um teto repleto de Néons, que causam a primeira impressão perfeita para o espaço moderno que se aproxima. Ao entrarmos, somos surpreendidos com uma quantidade de pessoas acima do espectável, e, depois de passear um pouco pelas ruas do espaço, dou de caras com aquilo que mais esperava - a livraria Ler Devagar.


Para qualquer amante de literatura, ou de livros no geral, a livraria é de cortar a respiração. Com uma exposição literária incrível, contêm uma quantidade absurda de livros, expostos em prateleiras que percorrem a sala do chão ao teto e de uma ponta à outra. Além disso, dentro da livraria existe um pequeno coffee shop, onde podem sentar durante algum tempo e dar dois dedos de conversa com um amigo enquanto estão rodeados por este ambiente mágico.

De seguida, e porque o tempo começava a apertar, dirigimo-nos para um edifício com um elevador velhinho que, apesar de nos ter assustado inicialmente, nos levou ao meu segundo local favorito dentro deste espaço - o Rio Maravilha. Com uma esplanada no telhado incrível e uma vista sobre o Tejo e sobre a ponte mais do que maravilhosa - pequena brincadeira com o nome do espaço -, foi o sítio ideal para passarmos o resto do nosso tempo, entre conversas, gargalhadas e algumas bebidas refrescantes para um dia em que o calor se fez sentir.



A nossa passagem pelo LX Factory chegou ao fim com uma espreitadela rápida pelas várias lojas e serviços que existem por lá, desde barber shops a lojas de vestuário, de bugigangas a espaços de restauração. O ideal é visitarem este espaço e passarem lá algum tempo a aproveitarem a atmosfera descontraída, cosmopolitana e moderna que vos rodeará. Certamente um pequeno desvio da rota que não me arrependo de ter tomado e um espaço que voltarei a visitar, numa próxima visita à capital.

Estas fotografias foram todas tiradas com o telemóvel porque, como já vos disse, perdi as fotografias desta viagem quando o meu cartão de memória se partiu, portanto peço desculpa antecipadamente por uma qualidade não tão boa.

Já visitaste o LX Factory? O que achaste deste espaço?

sábado, 21 de outubro de 2017

IN THE TOWERS OF YOUR HONEYCOMB

Rotina. A palavra na qual todos acabamos por tropeçar nalgum momento da nossa vida. Ir de casa para a faculdade, da faculdade para casa, ver uma série e depois outra e, quando damos por ela, estamos ausentes de algo que nos faz tanta falta há mais de 3 semanas. Nunca fui boa a adaptar-me a uma rotina, muito menos a criar uma. Gostava de começar o dia bem cedo, ir para a faculdade, conseguir estudar todos os dias e depois passar meia hora a escrever para vocês. Mas o meu cérebro está constantemente a mil e não me deixa acalmar. Não me deixa criar uma rotina. Tenho uma constante necessidade de mudar de atividades, de me reinventar, de tentar aperfeiçoar algo que sei. 

Mas, no que toca a roupa, a história varia - não sou de arriscar imenso. Sei aquilo que funciona comigo, com o meu tipo corporal e invisto nesse tipo de peças e reutilizo aquelas que já tenho. Certamente que reconhecem esta saia desta ou desta publicação ou este par de botas de diversas publicações - mais do que consigo enumerar -, mas sou apologista de que as peças do nosso armário são para se usar até enjoarmos. Até estarem velhas e não se conseguirem utilizar mais.

Ao contrário das peças que menciono acima, existem neste conjunto duas peças novas de algo que está sempre comigo. Primeiro, e mais importante, os meus óculos novos, extremamente parecidos com os anteriores mas num modelo mais moderno - ah, e que me dão um ar ainda mais intelectual! Não menos importante, um par de brincos da Fancy Shop, uma das mais recentes parcerias do blog que me enviou este par de brincos lindos - uma das minhas grandes paixões - numa encomenda bem catita, bem protegidos e com olho para os detalhes como um saquinho, um cartão personalizado com uma mensagem simpática, e pelos quais estou apaixonada. Espreitem a loja, vão encontrar peças muito giras!





Brincos c/o Fancy Shop // Botas e Camisa da Stradivarius // Saia da Springfield // Casaco da Pull&Bear

Vocês adaptam-se facilmente a uma rotina? E do conjunto, gostaram?

sábado, 14 de outubro de 2017

SÉRIES // ATYPICAL

Ultimamente não consigo ver séries mais sérias, dramáticas. Existe uma aura em torno dessa categoria que me afasta delas de cada vez que procuro uma série nova - apesar da minha lista de mais de 10 séries para ver seja composta só por esta categoria. Assim, a comédia tem começado a ganhar um lugar de prestígio na lista de séries que vejo e, portanto, enquanto procurava uma nova, cruzei-me com Atypical.

Esta série conta a história de Sam, um rapaz de 18 anos com Síndrome de Asperger que, seguindo o conselho da sua psicóloga, decide aventurar-se num ramo desconhecido até então na sua vida - o ramo amoroso -, e da sua família disfuncional, que se debate com os novos comportamentos do membro que requer mais atenção na família. Desde a sua passagem pelo ensino secundário à sua percepção do que é o amor e a amizade, este novo capítulo da vida de Sam trará muitas reviravoltas na vida desta família.


Esta série foi, honestamente, uma lufada de ar fresco. Quando comecei a ver, numa tarde de Verão em que estava aborrecida, não contava que abordasse um tema tão delicado num formato tão leve - o síndrome de Asperger, uma perturbação no desenvolvimento que se manifesta atravéns de perturbações nas interações sociais do paciente, na comunicação e no seu comportamento. Apesar de não ter muito conhecimento sobre os sintomas da doença, penso que a série representa bem os problemas que tanto a personagem principal enfrenta como os membros da sua família enfrentam - a constante diferenciação do Sam face a toda a gente por ser especial, a indiferença dos pais para com os sucessos de Casey, a irmã de Sam, ou a rejeição de Elsa, a mãe de Sam, pelo filho, à qual ela não estava habituada.

Se é perfeita? Certamente que não será, até porque este tipo de série acaba por não ser muito correcta a nível de diagnóstico e da reprodução de sintomas - romantiza sempre um pouco aquilo que, na maioria das vezes, não é romântico. Mas, na minha opinião, o importante é consciencializar para que este tipo de problemas e doenças existem e que não devemos de olhar ninguém de lado ou pôr ninguém de parte apenas por ser diferente daquilo que nós somos. Cada um é como é, e isso é o que torna o mundo um sítio mais bonito.

As personagens desta série não são excelentes; aliás, não consegui desenvolver uma relação de empatia com Elsa, a mãe da personagem, porque, para mim, acaba por se tornar uma personagem detestável com o desenrolar da trama. São personagens simples, típicas, com bagagem emocional previsível tendo em conta a guia da história. A narrativa é estranhamente engraçada e deixa-nos sempre com um sorriso na cara pela sua leveza. Uma série que recomendo pela sua diferença e pelo tratamento leve de um tema que não é assim tão leve.

"I mean you want to be with someone who appreciates you for what you are. You know, who loves all the little odd things about you, who gets you."

Conheciam esta série? Acham importante estes assuntos serem tratados com mais normalidade nas séries televisivas?
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