Ultimamente não consigo ver séries mais sérias, dramáticas. Existe uma aura em torno dessa categoria que me afasta delas de cada vez que procuro uma série nova - apesar da minha lista de mais de 10 séries para ver seja composta só por esta categoria. Assim, a comédia tem começado a ganhar um lugar de prestígio na lista de séries que vejo e, portanto, enquanto procurava uma nova, cruzei-me com Atypical.
Esta série conta a história de Sam, um rapaz de 18 anos com Síndrome de Asperger que, seguindo o conselho da sua psicóloga, decide aventurar-se num ramo desconhecido até então na sua vida - o ramo amoroso -, e da sua família disfuncional, que se debate com os novos comportamentos do membro que requer mais atenção na família. Desde a sua passagem pelo ensino secundário à sua percepção do que é o amor e a amizade, este novo capítulo da vida de Sam trará muitas reviravoltas na vida desta família.
Esta série foi, honestamente, uma lufada de ar fresco. Quando comecei a ver, numa tarde de Verão em que estava aborrecida, não contava que abordasse um tema tão delicado num formato tão leve - o síndrome de Asperger, uma perturbação no desenvolvimento que se manifesta atravéns de perturbações nas interações sociais do paciente, na comunicação e no seu comportamento. Apesar de não ter muito conhecimento sobre os sintomas da doença, penso que a série representa bem os problemas que tanto a personagem principal enfrenta como os membros da sua família enfrentam - a constante diferenciação do Sam face a toda a gente por ser especial, a indiferença dos pais para com os sucessos de Casey, a irmã de Sam, ou a rejeição de Elsa, a mãe de Sam, pelo filho, à qual ela não estava habituada.
Se é perfeita? Certamente que não será, até porque este tipo de série acaba por não ser muito correcta a nível de diagnóstico e da reprodução de sintomas - romantiza sempre um pouco aquilo que, na maioria das vezes, não é romântico. Mas, na minha opinião, o importante é consciencializar para que este tipo de problemas e doenças existem e que não devemos de olhar ninguém de lado ou pôr ninguém de parte apenas por ser diferente daquilo que nós somos. Cada um é como é, e isso é o que torna o mundo um sítio mais bonito.
As personagens desta série não são excelentes; aliás, não consegui desenvolver uma relação de empatia com Elsa, a mãe da personagem, porque, para mim, acaba por se tornar uma personagem detestável com o desenrolar da trama. São personagens simples, típicas, com bagagem emocional previsível tendo em conta a guia da história. A narrativa é estranhamente engraçada e deixa-nos sempre com um sorriso na cara pela sua leveza. Uma série que recomendo pela sua diferença e pelo tratamento leve de um tema que não é assim tão leve.
"I mean you want to be with someone who appreciates you for what you are. You know, who loves all the little odd things about you, who gets you."
Conheciam esta série? Acham importante estes assuntos serem tratados com mais normalidade nas séries televisivas?
Não conhecia esta série, mas fiquei curiosa. Acho mesmo importante que falem abertamente de problemas como este, para que sejam mais normalizados :)
ResponderEliminarNão conhecia esta série mas acho muito importante que temas destes sejam abordados nestes formatos televisivos. As pessoas em geral são cada vez mais más umas com as outras e este tipo de abordagem dos problemas faz com a sociedade não os julgue tanto ou acabe por os encarar de uma forma mais leve. Beijinhos*
ResponderEliminarJá me tinham falado desta série, mas ainda não vi. Está na minha lista e sim, acho importante que estes temas sejam falados nas séries, tal e qual como são :)
ResponderEliminarTenho imensa curiosidade acerca desta série, de certeza que assim que tiver tempo vou dedicar-me a ela!
ResponderEliminarBeijinhos
wallflowerbyines.blogspot.pt/
Hum se calhar é a próxima que vou ver :D
ResponderEliminarBeijinhos
www.beatrizcouto.com
Eu vi a série assim que foi lançada, tudo de seguida. Gostei muito! Lembrou-me um bocado "13 Reasons Why", pela maneira como está feita, mas com temas diferentes.
ResponderEliminarTambém não consegui simpatizar com a mãe, mas adorei a Casey!
Não conhecia essa série mas fiquei com vontade de a ver! :D
ResponderEliminaramarcadamarta.blogspot.pt
Tinha ouvido falar desta série num vídeo de análise sobre como Hollywood trata estes assuntos e toda a questão de contratar verdadeiros pacientes do que retratam em vez que romantizar as temáticas.
ResponderEliminarNa altura pareceu-me interessante mas nunca mais me recordei dela. Não estava nada à espera que fosse uma série leve, lá está, pelo que retrata mas fiquei curiosa por isso mesmo! Acho que lhe vou dar uma chance.
Marta Rodrigues, Majestic ♡
sempre vejo no netflix mas nunca tive vontade de ver mas parece ser bem leve e gosto de séries assim, vou dar uma chance vai que eu acabe gostando né
ResponderEliminarBlog Entre Ver e Viver
Confesso que esta série me passou completamente ao lado! Tenho andado a negligenciar um pouco o mundo televisivo mas ainda bem que resolveste partilhar esta publicação. Tenho que espreitar a ver se gosto :)
ResponderEliminarRicardo, The Ghostly Walker.
Parece realmente interessante esta série.
ResponderEliminarEu gosto muito dessa série por ela ter um humor mais negro, sabe? Mais sarcástico e tals. Não é o tipo de comédia que te faz rolar de rir. No final, eu amava a Casey e odiava a Elsa. Acredito que vai permanecer assim na segunda temporada.
ResponderEliminarVidas em Preto e Branco
Essa série eu não conhecia, mas fiquei curiosa agora.
ResponderEliminarosrelatosdeumajornalista.wordpress.com
Hummm não conheço, mas parece interessante!
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