terça-feira, 24 de julho de 2018

O segundo dia de Meo Marés Vivas

Quando vos disse, AQUI, que não era suposto ir a nenhum festival de Verão este ano, acreditava sinceramente que isto iria acontecer. Mas, entretanto, surgiu a ideia de acompanhar a minha irmã a ver a sua banda favorita e, apesar de relutante e de não ter grande vontade de retornar a um festival que em nada me impressionou da primeira vez que o visitei, lá fiz o esforço e rumei, no dia 21 deste mês, a Gaia, para marcar presença no conhecido Meo Marés Vivas.

A minha experiência com o festival nada teve a ver com a anteriormente vivida no festival - e dou graças por isso. Apesar de considerar que o novo recinto é um pouco pequeno para o público que existia - existia interferências entre o som dos diversos palcos por estarem demasiado próximos -, é certamente melhor que o anterior e todas as tendas estão bem organizadas e devidamente sinalizadas. As atrações bastante apelativas e acompanhei um pouco de quase todas as tendas - não visitei a tenda do Digital Stage porque não me despertou o mínimo interesse - e posso dizer que todos os artistas/comediantes foram bem escolhidos. 

VIA & TIAGO NACARATO

Abrimos a sessão de concertos no palco secundário, ao som de Via, uma rapariga que não conhecia mas da qual fiquei fã pela sua voz melódica e ritmos aos quais dá vontade de dançar. Mesmo com um público reduzido e acanhado, fez-se ouvir - e de uma maneira belíssima - e foram uma das mais agradáveis surpresas deste dia. Ao contrário daquilo que aconteceu com a Via, o público do Tiago Nacarato já estava mais recheado mas isso não fez com que este fosse muito energético. Apesar de gostar muito da sua voz e da forma como ele entoa as melodias, confesso que não me convenceu ao vivo. No entanto, gostaria de dar outra tentativa àquele que traz uma vibe de bossa nova - que eu tanto gosto - ao nosso português.

CAROLINA DESLANDES & THE BLACK MAMBA

Os concertos no palco principal abriram, para mim e para a minha irmã, perto das oito da noite quando a Carolina Deslandes subia ao palco e deixava todo o público em furor. Com a melhor presença em palco que vi nesse dia e uma humildade ímpar, fez com que deixasse de ser séptica em relação à sua música para ouvir em replay aquilo que ela canta. Uma voz sem igual, de uma doçura e uma gratidão pelo público que poucos artistas demonstram e muito bonita de se ver! De seguida, e num registo completamente diferente, chegaram os The Black Mamba, uma banda que admiro muito e que já tinha visto ao vivo anteriormente, no NOS Alive. Com uma energia brutal, uma quantidade jeitosa de músicos em palco, a voz incrível do Tatanka e a sua maneira de ser, é a receita para um concerto de qualidade. Uma banda que não é apreciada o suficiente no nosso país e que merecia mais reconhecimento do que aquele que tem.

Houve algo que estes dois grandes nomes da música portuguesa contemporânea disseram e que fez imenso sentido para mim - é de louvar o povo mais novo respeitar e gostar da música portuguesa e mostrar o seu amor por ela, sem qualquer pudor. Apoiem a música portuguesa e mostrem o orgulho que têm na vossa língua e naquilo que é criado no vosso belo país.

KODALINE & DAVID GUETTA


Chega, por fim, a banda que ansiávamos chegar a noite inteira - os Kodaline. Já sou fã desta banda há algum tempo porque as suas músicas vão de encontro com aquilo que aprecio numa banda - ritmos calmos e harmoniosos e um poder vocal bom. No entanto, tinha algum receio que as minhas expectativas não fossem atingidas e que ficasse desiludida com o concerto. Suspiro de alívio ao escrever-vos que as expectativas foram atingidas e superadas. Uma banda energética, bonita em palco, com uma emoção e carinho pelo público português notória e com um reportório maravilhoso. Sendo suspeita, posso dizer-vos que estas músicas deixam-me sempre a suspirar e as suas versões ao vivo, com o público a delirar, a minha irmã a chorar de emoção e a entoar em plenos pulmões as suas baladas favoritas, são ainda mais deliciosas.

Para fechar este dia de festival em grande, e nada de encontro com aquilo que vímos ao longo do dia - procura-se congruência no alinhamento -, chegou o David Guetta, uma pessoa que dispensa apresentações. Lembro-me de ter os meus 13 anos e dançar pela casa ao som das músicas que ele produzia em conjunto com grandes artistas do momento e, apesar de nunca ter sido um artista que eu admirasse, não posso negar que conhecia de fio a pavio a maior parte das suas letras. Portanto, quando chegou a altura de cantar ao som da Memories ou da Titanium, gritei com todos os pulmões as letras que acompanharam a minha adolescência e aclamei o DJ pelo qual não dava nada mas que acabou por me fazer saltar e dançar até não ter mais energia - e até chegar a hora de ir embora, a meio do seu concerto. Se pensei que nunca iria ver gostar de ver este estilo musical ao vivo, enganei-me.

Gostam de algum destes artistas? Já foram ao Meo Marés Vivas?

4 comentários so far

  1. eu fui no mesmo dia e adorei!! Nunca tinha ido e foi uma experiencial incrível! Ainda bem que gostaste.
    Um beijinho,
    Com amor, Cat

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  2. Eu ainda nunca fui ao mares vivas ahah mas quero muito!!

    Beijinhos
    THAT GIRL | FACEBOOK PAGE | INSTAGRAM | TWITTER | YOUTUBE

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  3. Quem me dera ter ido ❤️
    xoxo,

    www.atwednesdaysiwearpink.blogspot.com

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  4. Acho que este ano este festival não foi dos melhores, até porque teve muitos artistas repedidos dos anos anteriores, que já tinha visto e portanto este ano não fui. Ainda assim, ponderei se iria ao dia dos scorpions, mas visto que era só por uma banda achei que não valia a pena.

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