domingo, 8 de janeiro de 2017

INSPIRE ME // MEIAS DE REDE

Se há um ano atrás me dissessem que as meias de rede estariam de volta, certamente iria rir-me na vossa cara. Afinal, quem é que não teve o seu par de collants que usou sem parar e que depois, não se sabe bem como, deixou de usar porque já não estava na moda? Verdade seja dita, estas meias começaram a ter uma conotação extremamente negativa ao serem associadas às meninas da vida. Por isso foi uma grande surpresa quando comecei a vê-las re-surgir no mundo da moda como um acessório muito em altas esta temporada.

HOW TO WEAR

Associadas a uma vibe mais grunge, condiz a cem por cento com um ar mais descontraído, num conjunto mais diário. Claro que não é necessário termos este estilo para as utilizarmos. Aliás, ficam bem num conjunto mais clássico como uma camisa com uma saia, para apimentar o nosso conjunto e torná-lo, certamente, mais interessante; para mim, este é um conjunto que só pode ser vencedor. Funciona igualmente bem se apenas aparecer em pequenos sítios: os tornozelos (em formato de meia), ou os buracos das nossas calças. Dá a sensação que acabámos de nos levantar e vestimos a primeira coisa que encontrámos e, simultaneamente, que nos preocupamos.

Source: Pinterest, Mafalda Castro e Primark 

É certamente uma tendência que não funciona para toda a gente nem que agrada a toda a gente, porque não se adequa a todos os estilos. Mas arriscar nunca fez mal a ninguém e na Primark este tipo de meias são baratíssimas. Se calhar surpreender-se-iam e até iriam gostar de se ver. Eu vou experimentar, aliás, estou cheia de curiosidade para ver se me gostarei de ver com elas.

Gostam desta tendência? E as inspirações, gostaram?

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

RECEITAS // BARRA VEGAN DE LIMÃO

A propósito do Christmas Veggie Challenge, do qual vos falei aqui, aventurei-me pela primeira vez no mundo das sobremesas num dia que, na minha família bem portuguesa, gira à volta de família e comida. Havia muito receio de que algo corresse mal, que se recusassem a comer, que se queimasse ou que não fosse do agrado de ninguém. Por isso, numa mistura de excitação e ansiedade, aventurei-me a fazer uma Barra Vegan de Limão. Uma espécie de barrita, com uma parte dura e uma parte mole e com um sabor peculiar: o azedo do limão misturado com o doce do açúcar e da baunilha.


Ingredientes
Para a crosta:1 chávena de farinha
1/3 de chávena de óleo vegetal
1/2 chávena de açúcar em pó
Para o recheio:
1 banana madura
Sumo de 4 limões
3/4 de chávena de açúcar
1 colher de chá de extracto de baunilha
2 colheres de sopa de farinha maizena
3 colheres de sopa de farinha

Preparação
Começamos por pré-aquecer o forno a 180ºC, enquanto preparamos a crosta da nossa barra. Numa taça, junta a chávena de farinha, 1/3 de chávena de óleo vegetal e 1/2 de açúcar em pó e mexe mexe mexe até teres uma mistura uniforme. Deitamos este preparado numa forma quadrada ou rectangular, que tenha papel vegetal untado com um pouco de óleo por cima; levamos ao forno durante cerca de 7-8 minutos, até as pontas da crosta estarem douradas.
De seguida, prepara-se o recheio de limão! Para isso, numa taça, junta-se a banana esmagada, o sumo de limão, o açúcar, o extrato de baunilha, a farinha maizena e as colheres de farinha bate-se tudo, novamente até obtermos uma mistura homogénea. Não se assustem se parecer liquida, é natural. Deitem este preparado por cima da vossa crosta e levem novamente ao forno, durante aproximadamente 30 minutos, até que o recheio esteja sólido. Por fim, polvilhem um pouco de açúcar em pó por cima, para um toque final et voilá!



Resultado final? Uma sobremesa que alguns adoraram e outros gostaram mais ou menos. Tem uma textura diferente, uma vez que o recheio fica como uma espécie de goma e que, com a parte de baixo mais dura, confere um resultado que parece mesmo uma barrita de cereais versão gorduxa. O mais engraçado desta experiência foi, sem dúvida, a admiração por a minha sobremesa não levar qualquer produto animal. A minha mãe não parava de repetir "Não tem nem um ovo?" porque não conseguia acreditar nisso! Depois de repetir mil e uma vezes que não, que era 100% amiga dos animais, lá acreditaram e se conformaram que sim, existem opções para vegans que são tão saborosas como qualquer outra.


Concluo dizendo que a experiência foi mais do que positiva: para além de me ter desafiado a cozinhar num dia tão importante como o dia de Natal, também me tirou algumas dúvidas quanto às opções culinárias que os vegans têm quando chega a hora de cozinhar em porções grandes, para pessoas que não adotaram essa dieta. Existe diversidade e uma quantidade de produtos que qualquer pessoa utiliza no seu dia-a-dia e que são de origem vegetal, o que desmistifica toda esta aura em volta daqueles que optam não comer nada de origem animal. Sim, meus queridos, é bem possível viver bem e fazê-lo. A prova são algumas das receitas neste desafio!

Replicavam esta minha receita? O que acharam, tem bom aspecto?

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

LITERATURA // VIVER DEPOIS DE TI

Sabem quando vocês vêem o trailer de um filme e pensam "Preciso mesmo de ver este filme" e depois, quando descobrem que existe um livro, por sinal bom, no qual o filme foi baseado e não descansam enquanto não lhe põem as mãos em cima? Aconteceu-me com o Viver Depois de Ti (ou Me Before You) da Jojo Moyes, um livro que prometia ser um romance e acabou por ser uma grande lição de vida.


Viver Depois de Ti conta a história, na primeira pessoa, de Louisa Clark, uma rapariga de 27 anos considerada normal: com um emprego fixo que tem desde sempre, que vive com os seus pais num quarto em que a cama mal cabe e que nunca visitou muito mais do que a sua cidade natal. Tudo parecia correr bem até ao dia em que Lou, como é carinhosamente chamada por todos, perde o seu emprego e se vê numa situação muito difícil: a procura por um novo emprego, sem quaisquer qualificações que a distingam dos demais. Após alguma procura e muito desespero, surge a oportunidade de, durante 6 meses, ser cuidadora pessoal de Will Traynor, um tetraplégico que perdeu toda a função corporal do pescoço para baixo. Lou decide aceitar e aí começa uma aventura que irá alterar a vida dela para sempre.

As personagens deste livro são de realidades muito distintas. Will vem de uma família muito rica e é muito giro de observar essa riqueza aos olhos da narradora, Louisa, que provem de uma família de classe média-baixa, em que todos os membros da família têm que contribuir para que as despesas da casa sejam pagas. Will é uma pessoa extremamente culta, com imensos estudos e que tinha uma vida de sonho antes do seu acidente, que o deixou incapacitado, enquanto que Louisa vive numa rotina, sem quaisquer riscos na vida e com um nível de educação e cultura muito limitada. Todas estas diferenças enriquecem a leitura e tornam toda a história muito mais interessante, porque é mesmo difícil não adorarmos todas as personagens e percebermos os seus pontos de vista, mesmo que muito diferentes.



Este livro é um verdadeiro parte-corações. Deixou-me a pensar e a re-pensar na situação em que o Will se encontrava e naquilo que ando a fazer da minha vida. Este livro ensina-nos uma lição muito grande, acima de tudo: devemos valorizar aquilo que temos e arriscar. Aliás, se pudesse escolher a palavra de ordem neste belo romance, é arriscar. Sair da nossa zona de conforto, aventurarmo-nos, não nos conformarmos se algo nos corre mal. Vivermos a nossa vida em pleno e aproveitar cada segundo com os nossos entes queridos.

Já leram este livro? Gostaram?
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